Ferro poderá ser alternativa ao lítio na criação de baterias elétricas mais sustentáveis

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Ferro poderá ser alternativa ao lítio na criação de baterias elétricas mais sustentáveis

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As unidades, que dependem de algo chamado “química de fluxo de ferro”, serão usadas em projetos solares em escala de utilidade espalhados pelos EUA, permitindo que as usinas forneçam eletricidade por vários horas após o pôr do sol.
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As redes elétricas do mundo estão sob pressão devido à alta volatilidade dos preços dos combustíveis fósseis e pela tendência, cada vez maior, de desligar o planeta de fontes de energia poluentes. Uma das soluções pode estar prestes a convencer os fabricantes – uma bateria inovadora que utiliza ferro ao invés de lítio e que é uma alternativa mais barata à tecnologia atual, avança a “Bloomberg”

A SB Energy , uma empresa de energia renovável nos EUA que faz parte do grupo japonês SoftBank, fez uma compra recorde de baterias de ferro fabricadas pela ESS – empresa também ela norte-americana que diz ter desenvolvido uma nova tecnologia que pode armazenar energia renovável por mais tempo e ajudar a superar alguns dos problemas de confiabilidade que provocaram apagões na Califórnia e que fizeram disparar os preços da energia na Europa.

As unidades, que dependem de algo chamado “química de fluxo de ferro”, serão usadas em projetos solares em escala de utilidade espalhados pelos EUA, permitindo que as usinas forneçam eletricidade por vários horas após o pôr do sol. A SB Energy comprará baterias suficientes nos próximos cinco anos para abastecer 50 mil lares norte-americanos por um dia.

“O armazenamento de energia de longa duração, como esta bateria de fluxo de ferro, é a chave para acrescentar mais energias renováveis ​​à rede”, disse Venkat Viswanathan, um especialista em baterias e professor associado de engenharia mecânica na Carnegie Mellon University, nos Estados Unidos.

A ESS foi fundada em 2011 por Craig Evans, agora presidente, e Julia Song, diretora de tecnologia. Eles reconheceram que, embora as baterias de íon-lítio desempenhem um papel fundamental na eletrificação do transporte, o armazenamento de energia em escala de rede de maior duração precisava de uma bateria diferente. Isto porque, embora o preço das baterias de íon-lítio tenha caído 90% na última década, os seus ingredientes, que às vezes incluem metais caros como cobalto e níquel, limitam o quão baixo o preço pode cair.

O negócio por dois gigawatts-hora de baterias vale pelo menos 300 milhões de dólares (258,6 milhões de euros), de acordo com a ESS. Rich Hossfeld, CEO da SB Energy, disse que a “genialidade” das unidades está na sua simplicidade. “A bateria é feita de sal de ferro e água”, disse Hossfeld. “Ao contrário das baterias de íon de lítio, as baterias de fluxo de ferro são realmente baratas de produzir.”

Cada bateria tem quatro componentes: dois elétrodos entre os quais partículas carregadas que se misturam à medida que a bateria é carregada e descarregada, eletrólito que permite que as partículas fluam e um separador que evita que os dois elétrodos formem um curto-circuito.

Fonte: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticia ... 1633092918


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