Documentos Eletrificação do Baixo Alentejo e Algarve

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ManuFranciscoPT
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Documentos Eletrificação do Baixo Alentejo e Algarve

Mensagem por ManuFranciscoPT »

Olá boa tarde!
Gostava de saber mais acerca da eletrificação do Baixo Alentejo e Algarve relativamente à média tensão.
Existem alguns documentos ilustrados que possam ser partilhados?
Creio ser anos 50/60... por aqui os postes mais antigos ainda ativos têm datas de 1967, utilizando isoladores rígidos.
Obrigado


Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Faiante
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Re: Documentos Eletrificação do Baixo Alentejo e Algarve

Mensagem por Faiante »

Bom dia meu caro " ManuFranciscoPT".

Relativamente ao assunto por si colocado devo dizer-lhe o seguinte:

Ponto 1 - Nos anos 60/70 a Rede de Distribuição do Alentejo e do Algarve - pertencia à Companhia Elétrica Alentejo e Algarve (CEAL).
Ponto 2 - Esta tipologia de distribuição era feita através dos níveis de tensão de 60/30/15 KV. O seu contrato abrangia uma extensa área. Tinha o começo da conceção em Reguengos e terminava no Algarve.
Ponto 3 - Repartição dos níveis de tensão
Os três níveis de tensão acima descritos, repartiam-se conforme se indica:
60 Kv - Da subestação principal de Beja pate uma linha a 60 KV para a subestação de Ferreira do Alentejo e desta, também a 60 Kv parte uma linha para a SE Loulé.
Desta subestação principal de Loulé partem três linhas de 30 KV para Faro, Vila Real de Santo António e Portimão e, ainda, uma outra a 6 KV para Loulé.
Da SE Principal de Beja partem quatro linhas à tensão de 30 KV, para Beja, Cuba Serpa, Aljustrel e uma outra a 15 KV para Ferreira do Alentejo. Desta SE, pertencente à Companhia Nacional de Electricidade (CNE), partem as duas linhas principais da (CEAL) de 60KV. Uma para Beja, outra para Loulé
Esta distribuição, tinha apenas um ponto de interligação entre a linha na subestação (SE) Alcáçovas, a qual interligava a CEAL com União Elétrica Portuguesa (UEP).
Os postes eram fabricados em cimento com uma estrutura armada e possuíam braços metálicos com isoladores rígidos. O fabrico, era feito por cada uma das empresas a que pertencia a distribuição.

Como o amigo pode constatar, esta seria uma distribuição com pouca eficiência para as necessidades actuais, no entanto, naquela época em que os consumos se resumiam apenas a um frigorífico e algumas lâmpadas de iluminação, esta tipologia construtiva era considerada pelos técnicos das empresas como a mais indicada.

Só com o advento da revolução dos cravos, e com a junção de todas as empresas de eletricidade numa única empresa (EDP), foi possível fazer crescer a chamada electrificação massiva. A qual também era conhecida por (electrificação Rural).

Espero ter contribuído para o seu conhecimento, e porque não dizê-lo também para a sua formação.

Sempre ao dispor

CPtos

JAG
ManuFranciscoPT
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Re: Documentos Eletrificação do Baixo Alentejo e Algarve

Mensagem por ManuFranciscoPT »

Contribuiu imenso para o meu conhecimento! Obrigado!
Cumprimentos!
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Faiante
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Re: Documentos Eletrificação do Baixo Alentejo e Algarve

Mensagem por Faiante »

Olá boa tarde meu caro " ManuFranciscoPT".

Relativamente ao assunto exposto, gostava de poder enviar-lhe cópia do esquema elétrico, do que acima lhe descrevi.
Contudo, apesar de manipular ± o computador não sei como fazer para atachar um ficheiro com esquema elétrico.

Fico muito grato por lhe ter sido úftil, Sempre que tenha alguma dúvida em que lhe possa ser útil disponha. Estarei sempre, mas sempre ao serviço de todos aqueles que necessitam.


CPtos

JAG
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