Modem GSM com entradas e saídas

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nokPT
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Modem GSM com entradas e saídas

Mensagem por nokPT »

Normalmente quando necessito de enviar SMS uso o Siemens TC35 e um autómato, só que para pequenas aplicações, o custo do autómato encarece bastante o sistema, pelo que por vezes o projecto fica só pelas intenções.

Encontrei recentemente em http://www.ribatel.pt/prod_detail.php?aID=274&nID=19 um modem com uma PIC que disponibiliza 3 entradas digitais (ou 2 digitais + 1 analógica), 1 saída a relé, porta RS232 a um preço mais acessível.

Alguém já trabalhou, funciona bem? Alguém conhece outro equipamento equivalente?

Pretendia optimizar custos, para viabilizar outros projectos, mas com garantia de fiabilidade.


Ricardo Timóteo
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Re: Modem GSM com entradas e saídas

Mensagem por asena »

Olá Ricardo,

sim essas aplicações funcionam bem. O uso de PIC dá uma boa fiabilidade ao sistema.

Nós usamos um modem GSM/GPRS, e fazemos o sistema de controlo com PIC, o que nos permite reduzir substancialmente os custos de um projecto, se o mesmo tiver que ter comunicações sem fios.

E mais, o sistema de controlo não trabalha exclusivamente para o GSM, faz a operação de controlo/monitorização da máquina/aplicação.

São as vantagens de usar microcontroladores, ao invés de autómatos.
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Re: Modem GSM com entradas e saídas

Mensagem por nokPT »

Sempre gostei muito de electrónica e quando comecei a trabalhar, ainda tentei fazer algumas coisas desse género, mas o clientes preferiam sempre equipamentos standard.

Vocês fazem o PCB, certo?

Este modem custa-nos cerca de 150€ + IVA, alimentação em 12Vdc (podia ser em 24Vdc dá mais jeito), entradas isoladas até 40Vdc, saída a relé.

O preço não é mau de todo, mas podia ser bastante melhor, digo eu...
Ricardo Timóteo
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Re: Modem GSM com entradas e saídas

Mensagem por asena »

Os clientes em Portugal "preferiam" soluções standard, porque quem estava à frente dos departamentos a tomar decisões, não queria saber se a tecnologia era Portuguesa, ou estrangeira. Simplesmente não lhes interessava, porque não pagam do bolso deles.
Pagavam rios de dinheiro a estrangeiros para montar equipamento, quando podiam ter portugueses a fazer o mesmo ou melhor trabalho, por uma fracção de preço.
Enfim... é o típico: "o que é estrangeiro é que é bom..."


Actualmente a situação está diferente. Felizmente.
A indústria já começa a acreditar em sistemas feitos em Portugal, porque a tecnologia e o design são bons e bem feitos.
Já há gente de valor no país, a fazer projecto elecrónico, com muita qualidade, e que se dedica a isto mesmo.
Alguns destes ainda são absorvidos pelas grandes empresa portuguesas de tecnologia, mas há outros que preferem ser consultores e abranger um espectro alargado de oportunidades dentro do design electrónico.


Sim sim, nós fazemos também a PCB. Tudo de raiz. Desde o conceito, até ao protótipo ou produção série.


E quanto a esse modem, os valores estão bons. Está ali algum tempo de desenvolvimento de circuito, de PCB, de firmware...
Se for fazer apenas uma unidade, vai-lhe custar várias vezes mais. Sem falar nas horas que vai gastar em escrever o firmware de controlo.


E esta questão leva-me também a esclarecer o facto de que, os produtos, não podem ter preços muito baixos, só para ser competitivos.
Baixar o preço, também faz perder qualidade. Competitividade = qualidade. Nós aqui pensamos dessa maneira.
Se esse equipamento custasse metade, a qualidade não era a mesma. Duvidosa, porventura.


O que eu vejo, e principalmente já li muito neste forum de gente a queixar-se, é o constante "baixar de calças" por parte de alguns técnicos/engenheiros que desvalorizam o trabalho deles e dos colegas.
Isso leva a preços ridiculamente baixos, que não suporta nem os custos, e faz com que o mercado se habitue a valores erróneos.
A habituação a valores baixos, faz com que ninguém saia bem nesta situação.



Há que valorizar o nosso trabalho. Se trabalhamos bem, então temos que ser recersidos de acordo.

Os clientes que me procuram, sabem o custo do meu trabalho. E chegam com confiança, porque sabem que o trabalho vai ser bem feito, e dentro dos requisitos e especificações acordadas.
Procuro publicidade por passa-palavra. Pois assim é a mais credivel.


Para si, Ricardo, continue com a produção de equipamento feito por vocês. Pode levar o seu tempo, mas vão conseguir fazer acreditar ao mercado que o "made in portugal" é de confiança !

;)
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Re: Modem GSM com entradas e saídas

Mensagem por nelmindo »

100% de acordo
Passa tudo pelo código de ética. Não vamos agora andar por aí a espremer orçamentos até ficar por vezes mais barato do que o preço dos equipamentos. Muitas dessas histórias que ouvimos por aí, são pessoas que ficam a dever aos fornecedores e é assim que ganham os orçamentos...
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Re: Modem GSM com entradas e saídas

Mensagem por nokPT »

asena Escreveu:Os clientes em Portugal "preferiam" soluções standard, porque quem estava à frente dos departamentos a tomar decisões, não queria saber se a tecnologia era Portuguesa, ou estrangeira. Simplesmente não lhes interessava, porque não pagam do bolso deles.
...
Não é só, há argumentos muito importantes, o primeiro que me perguntaram foi: "E daqui a 10 anos a sua empresa ainda existe? Que garantia tenho?" e efectivamente por exemplo na área da domotica, muitas empresa apareceram e desapareceram e quem comprou produtos dessas empresas está lixado (portuguesmente falando).

Outras perguntas: "E em caso de manutenção?" ou "E certificação? ou "Fiabilidade" ou "Imunidade" ou ...

Chega-se ao fim, efectivamente contra factos não há argumentos.

Ao usar peças standard Siemens, Omron, Allen-Bradley, Scheneider, etc... é tirar uma peça e meter outra, se a empresa A não tem tem a B, há muito mais pessoas a fazer manutenção e há muito mais garantias, têm os certificados todos e mais alguns, e as contas são muito fáceis de fazer, quanto custa a máquina-hora-parada, qual é a diferença de preço, vale a pena? Até hoje 99% das situações, a resposta é directa, não vale a pena inventar.

Depois tens outras limitações, a minha última aplicação (é a que tenho de memória mas não é a maior) tinha 129 ponto digitais (24Vdc), 33 pontos analógicos (4..20mA@24Vdc), comunicação com modem GSM, comunicação ASCII, comunicação ethernet e software de supervisão.
Devo dizer, na minha ignorância, que para um sistema deste género, não me parece viável usar PIC, opto-acopladores, etc...


Relativamente aos preços concordo plenamente, nós trabalhos com a Indústria, temos uma exigência interna (nossa) e de cliente superior ao instalador normal.
Temo procedimentos de identificação e marcação que poucos têm.
Usamos softwares profissionais que para alem do custo de aquisição têm um custo (elevado) de manutenção.
Logo temos um custo superior ao instalador normal, mas também dedicado-mo-nos a clientes alvo diferentes.


Mas há projectos, como este que estou a tentar viabilizar que ainda não arrancou porque o preço é muito alto, é só essa a questão, por exemplo como a domotica, não é mais massificada por causa do preço. Portanto quanto mais barato (mantendo a qualidade) conseguir os equipamentos, mais fácil é de avançar, caso contrário não é viável.
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Re: Modem GSM com entradas e saídas

Mensagem por nelmindo »

nokPT Escreveu:
asena Escreveu:Os clientes em Portugal "preferiam" soluções standard, porque quem estava à frente dos departamentos a tomar decisões, não queria saber se a tecnologia era Portuguesa, ou estrangeira. Simplesmente não lhes interessava, porque não pagam do bolso deles.
...
Não é só, há argumentos muito importantes, o primeiro que me perguntaram foi: "E daqui a 10 anos a sua empresa ainda existe? Que garantia tenho?" e efectivamente por exemplo na área da domotica, muitas empresa apareceram e desapareceram e quem comprou produtos dessas empresas está lixado (portuguesmente falando).

Outras perguntas: "E em caso de manutenção?" ou "E certificação? ou "Fiabilidade" ou "Imunidade" ou ...

Chega-se ao fim, efectivamente contra factos não há argumentos.

Ao usar peças standard Siemens, Omron, Allen-Bradley, Scheneider, etc... é tirar uma peça e meter outra, se a empresa A não tem tem a B, há muito mais pessoas a fazer manutenção e há muito mais garantias, têm os certificados todos e mais alguns, e as contas são muito fáceis de fazer, quanto custa a máquina-hora-parada, qual é a diferença de preço, vale a pena? Até hoje 99% das situações, a resposta é directa, não vale a pena inventar.

Depois tens outras limitações, a minha última aplicação (é a que tenho de memória mas não é a maior) tinha 129 ponto digitais (24Vdc), 33 pontos analógicos (4..20mA@24Vdc), comunicação com modem GSM, comunicação ASCII, comunicação ethernet e software de supervisão.
Devo dizer, na minha ignorância, que para um sistema deste género, não me parece viável usar PIC, opto-acopladores, etc...


Relativamente aos preços concordo plenamente, nós trabalhos com a Indústria, temos uma exigência interna (nossa) e de cliente superior ao instalador normal.
Temo procedimentos de identificação e marcação que poucos têm.
Usamos softwares profissionais que para alem do custo de aquisição têm um custo (elevado) de manutenção.
Logo temos um custo superior ao instalador normal, mas também dedicado-mo-nos a clientes alvo diferentes.


Mas há projectos, como este que estou a tentar viabilizar que ainda não arrancou porque o preço é muito alto, é só essa a questão, por exemplo como a domotica, não é mais massificada por causa do preço. Portanto quanto mais barato (mantendo a qualidade) conseguir os equipamentos, mais fácil é de avançar, caso contrário não é viável.

Também não deixa de ter razão.
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asena
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Re: Modem GSM com entradas e saídas

Mensagem por asena »

nokPT Escreveu: Não é só, há argumentos muito importantes, o primeiro que me perguntaram foi: "E daqui a 10 anos a sua empresa ainda existe? Que garantia tenho?" e efectivamente por exemplo na área da domotica, muitas empresa apareceram e desapareceram e quem comprou produtos dessas empresas está lixado (portuguesmente falando).
Infelizmente, no caso da domótica, as coisas não correram bem até agora. Há para aí um par de empresa que conseguem, mas continuam esmagadas pelos preços dos estrangeiros, e pela ainda complexidade de montagem e programação dos sistemas.



nokPT Escreveu: Outras perguntas: "E em caso de manutenção?" ou "E certificação? ou "Fiabilidade" ou "Imunidade" ou ...
Depende da empresa. Há quem queira fazer porque quer e pode. Há quem não se está para chatear.
Depende das quantidades a fazer. Se forem muitas, vale a pena testar e certificar.
Se for só uma...

nokPT Escreveu: Ao usar peças standard Siemens, Omron, Allen-Bradley, Scheneider, etc... é tirar uma peça e meter outra, se a empresa A não tem tem a B, há muito mais pessoas a fazer manutenção e há muito mais garantias, têm os certificados todos e mais alguns, e as contas são muito fáceis de fazer, quanto custa a máquina-hora-parada, qual é a diferença de preço, vale a pena? Até hoje 99% das situações, a resposta é directa, não vale a pena inventar.
Comparar um sistema português, com uma Siemens, estamos a falar de canários e falcões :D
Eles levam muitos anos de avanço. E têem orçamentos elevadíssimos. Podem testar e certificar todos os produtos que fazem.



nokPT Escreveu: Depois tens outras limitações, a minha última aplicação (é a que tenho de memória mas não é a maior) tinha 129 ponto digitais (24Vdc), 33 pontos analógicos (4..20mA@24Vdc), comunicação com modem GSM, comunicação ASCII, comunicação ethernet e software de supervisão.
Devo dizer, na minha ignorância, que para um sistema deste género, não me parece viável usar PIC, opto-acopladores, etc...
Aqui discordo vivamente. Depende muito de como o sistema está feito, e de quem o faz.
Pode não ficar com o aspecto de um sistema comercial, mas que pode ficar tão bom (quiçá melhor), pode.
Claro que os sistemas comerciais têem caixas bonitas, e softwares no PC para o pessoal da manutenção poder alterar o programa. Mas isso paga-se, e essas empresas têem uma envergadura que nós cá não queremos nem arriscar.

Então agora como anda o mercado... torcem-se todos por uns descontos de cêntimos... assim não se consegue trabalhar !!!!





nokPT Escreveu: Mas há projectos, como este que estou a tentar viabilizar que ainda não arrancou porque o preço é muito alto, é só essa a questão, por exemplo como a domotica, não é mais massificada por causa do preço. Portanto quanto mais barato (mantendo a qualidade) conseguir os equipamentos, mais fácil é de avançar, caso contrário não é viável.
A domótica é sempre um caso à parte do resto da indústria.


As questões são as seguinte:

# pode uma casa passar sem domótica? facilmente!
# pode imaginar-se uma casa sem uma televisão? nos dias de hoje parece impossivel

Quando os televisores LCD apareceram, tinham preços escandaloso. Hoje, quase que os dão.

A domótica é a mesma coisa. Quando as pessoas "sentirem" que "precisam" dela, como de pão para a boca, então vai haver muita procura e os preços caem.



São os meus cêntimos para a conversa!

Bom trabalho ;)
fmvnunes
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Re: Modem GSM com entradas e saídas

Mensagem por fmvnunes »

Sou novo cá no forum, registei-me com o interesse deste tópico, ligação de um módulo GSM com o PIC.
Asena gostaria que me ajudasses se puderes, estou interessado em ligar uma placa GSM a um PIC com o objectivo de desenvolver um sistema de alarme, no futuro será também para controlar alguns aparelhos eléctricos.
Qual é o melhor módulo GSM, mais económico e que permita uma ligação fácil com o PIC.

Cumprimentos

Filipe Nunes
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