Como iluminar um escritório de forma eficiente?

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Como iluminar um escritório de forma eficiente?

Mensagem por admin »

O escritório é o cérebro de toda a empresa e o centro nevrálgico onde surgem todas as inovações. Onde reside o core business e onde se gere o crescimento do negócio. Mas como se pode desenhar um esquema de iluminação que aumente tanto a segurança como a eficiência deste espaço? Que factores se devem ter em conta para iluminar um ambiente de trabalho? Vamos explicar tudo.
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Para conseguir um nível adequado de conforto visual num escritório, é imprescindível conseguir um equilíbrio entre a quantidade, a qualidade e a estabilidade da luz — sem reflexos, intermitência ou contrastes excessivos e com a máxima uniformidade possível.

Uma iluminação deficiente pode levar a problemas psicológicos como o cansaço excessivo ou mesmo a problemas físicos como posturas inadequadas que, a longo prazo, suscitam lesões musculares e de articulações.

Para conseguir uma iluminação eficiente, há que ter em conta as exigências do ambiente em geral, bem como de cada pessoa em concreto:
  • A actividade profissional desempenhada em cada escritório.
  • As diferentes zonas a iluminar.
  • O número de postos de trabalho.
  • A qualidade da luz natural.
  • O consumo de energia induzido.
  • As leis vigentes e as normativas aplicáveis.

Níveis de iluminação exigidos

Em Portugal, os níveis mínimos de iluminação nos locais de trabalho são definidos pela Norma Europeia EN 12464:2002 e EN 12464:2011, seguindo os indicadores estabelecidos pela International Commission on Illumination - CIE. Estes níveis medem-se com um luxímetro e expressam-se em "lux", a unidade de iluminância gerada por um "lumen" (a unidade de fluxo luminoso) num metro quadrado de superfície.

Níveis gerais segundo as exigências visuais:

Em zonas onde se executem tarefas de baixa exigência visual (manipulação de mercadoria, salas de máquinas…), os mínimos estabelecidos são de 100 lux.
Para exigências moderadas (armazéns de mobiliário, indústria em geral…), 200 lux.
Trabalhos de alta exigência visual (quem trabalha com computadores…), 500 lux.
E, finalmente, para exigências visuais muito altas (trabalhos de precisão, joalheria…), 1000 lux.

Níveis específicos segundo zonas e tarefas concretas dentro do escritório:

Mesas de trabalho administrativo: 400 a 700 lux.
Mesas de desenho: 600 a 1500 lux.
Salas de reuniões (iluminação geral): 200 a 350 lux.
Salas de reuniões (sobre a mesa): 400 a 700 lux.
Arquivos: 100 a 400 lux.
Zonas de passagem: 150 a 500 lux.

A luz natural

Uma fonte de luz natural não é necessariamente sinónimo de eficiência energética. Este tipo de luz não é adequada para trabalhar comodamente devido à sua falta de homogeneidade. A luz do sol não é controlável, muda constantemente de intensidade e os seus contraste acentuam a fadiga visual.

É 100% recomendável combinar a luz artificial com a natural em ambientes de escritórios para garantir uma iluminação uniforme, combinando a luz directa e a indirecta.

Os especialistas afirmam que a iluminação geral directa é a que melhor adaptação permite aos diferentes espaços de trabalho, incluindo elementos que desfoquem e unifiquem a luz, evitando, por exemplo, reflexos nos ecrãs dos computadores.

As luminárias devem colocar-se de forma contínua, paralelas à direcção da visão. Devem também estar paralelas ao plano das janelas, sendo a disposição mais adequada para a conjugação com a luz natural.

Para conseguir esta dupla exposição, devem utilizar-se diferentes tipos de soluções numa mesma aplicação: tubos de néon ou LEDs integrados no tecto, complementados com lâmpadas especializadas ou candeeiros de escritório.

Tipos de iluminação

Os tipos de iluminação são classificados de acordo com a distribuição do fluxo luminoso:
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  • Iluminação directa: o fluxo luminoso é directo de cima a baixo.
  • Iluminação semi-directa: o fluxo luminoso é maioritariamente directo de cima a baixo (60-90%), mas também de baixo a cima (10-40%).
  • Iluminação mista (directa-indirecta): o fluxo luminoso está dividido equitativa e uniformemente (entre 40-60% cada).
  • Iluminação difusa: o fluxo luminoso está dividido equitativamente (entre 40-60% cada), mas de forma irregular.
  • Iluminação semi-indirecta: o fluxo luminoso é maioritariamente directo de baixo a cima (60-90%), mas também de cima a baixo (10-40%).
  • Iluminação indirecta: O rendimento é baixo e a visibilidade é pouco nítida, por falta do efeito de sombra. De baixo a cima (90-100%).
Há que ressalvar, uma vez mais, a importância de evitar o reflexo nos ecrãs e monitores do computadores, cada vez mais presentes nos escritórios de hoje em dia. Por isso é recomendável que se utilize uma iluminação o mais difusa possível, bem como situar as luminárias o mais alto possível.
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Para desenhar a iluminação em escritórios e espaços de trabalho, é recomendável combinar uma boa iluminação geral difusa — que proporcione um nível médio entre 200 e 300 lux — com uma iluminação pontual opcional segundo a função e as tarefas em questão. Apenas assim se conseguirá obter os níveis necessários de iluminação.
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Iluminação LED nos escritórios
Cores e ambientes
O ângulo da luz não é o único aspecto a ter em conta aquando da planificação da iluminação de uma oficina. O controlo da temperatura de cor da luz é também de grande importância.

O tom e a temperatura da luz constroem ambientes e induzem sensações e estados de ânimo, pelo que que este é um factor fundamental para garantir o bem-estar dos trabalhadores no seu posto, melhorando também o ambiente do local, o rendimento e a produtividade.

No que toca a iluminação de escritórios, o mais indicado é trabalhar entre os 3000 e os 4000 graus Kelvin, procurando um equilíbrio entre os tons quentes, neutros e frios. Desta forma é possível obter uma maior comodidade visual, dependendo do tipo de actividade a realizar em cada espaço.
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Escala de graus Kelvin — Temperatura de cor da luz
É também recomendável que se evite a monotonia ou o excesso de homogeneidade de um ambiente. Para tal pode utilizar-se, por exemplo, um tom de luz para a iluminação geral e outro diferente para a iluminação pontual sobre cada mesa.

Eficiência e responsabilidade
Actualmente, um dos factores a considerar aquando da planificação de um projecto de iluminação é, sem dúvida, o económico. Seja o custo da implementação e instalação, a poupança energética, a durabilidade das luminárias, a redução dos custos de manutenção ou a optimização do uso.

Os actuais sistemas de iluminação LED são a melhor solução para instalações em escritórios, pois o seu alto rendimento e qualidade resultam em melhor funcionalidade e poupança substancial, principalmente na manutenção e no consumo.

Para além disso, o desenho e o desempenho das luminárias LED colmatam cada vez mais as necessidades dos trabalhadores. Seja melhorando a ergonomia visual, oferecendo uma ampla gama de temperaturas de cor e de formatos para múltiplas aplicações, ou mesmo possibilidade de regulação e integração no espaço...

As vantagens são inúmeras. Entre em contacto com o seu fornecedor habitual e informe-se sobre as opções ao seu dispor.

Fonte http://www.voltimum.pt/artigos/artigos- ... as-certiel


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