Uma equipa de investigadores da Universidade da Beira Interior (UBI) patenteou um sistema para guardar energia de parques eólicos ou de outras fontes situadas no mar, em depósitos de ar subaquáticos, adiantaram os autores à Agência Lusa.
Como a força do vento ou das ondas pode não coincidir com as alturas de maior consumo de electricidade, existem sistemas para armazenar o excesso e usá-lo quando for necessário.
Pedro de Almeida (Informática) e Pedro Dinho da Silva (Electromecânica) acreditam que o sistema submarino que patentearam é o mais competitivo para acompanhar a expansão dos parques eólicos oceânicos e de outras formas de aproveitamento de energia no mar.
Quando está a ser produzida energia em excesso, a electricidade é usada para comprimir o ar ambiente «e armazená-lo num depósito flexível subaquático».
«No momento em que se quiser recuperar a energia armazenada, utiliza-se o ar comprimido contido no depósito para accionar um sistema de produção de energia eléctrica», explicam.
Como é a pressão da água (que depende da profundidade a que está o depósito flexível) que equilibra a pressão do ar, «o sistema permite recorrer a materiais mais económicos» do que em depósitos convencionais de ar comprimido, em materiais rígidos como o aço, por exemplo.
Quanto à segurança, «como o ar está comprimido pela pressão da água envolvente, a haver uma ruptura, o ar irá simplesmente subir até à superfície do mar, sem qualquer efeito explosivo», asseguram os dois docentes da UBI.
Um depósito capaz de armazenar 250 Mwh de energia, capaz de alimentar cerca de mil habitações durante um mês, terá 150 metros de diâmetro e 30 metros de altura quando estiver cheio, ilustram Pedro de Almeida e Pedro Dinho da Silva.
Por outro lado, «os depósitos são feitos de material flexível, já usado em bóias oceânicas usadas para levantar pesos, e essas até são sujeitas a maiores esforços».
O sistema aguarda a formalização de uma parceria para que seja construído o primeiro protótipo. «Dada a escala envolvida, não poderá ser implementado sem a participação activa de um parceiro empresarial», sublinham.
Segundo os dois docentes da UBI, «o futuro da energia eólica passa pelos parques oceânicos. Inclusivamente, já existem múltiplas empresas a implementar parques eólicos oceânicos flutuantes».
Diário Digital / Lusa
Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=360816
Sistema permite guardar energia em depósitos subaquáticos
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